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Quadro de mensagens em PortuguêsTurmalinas da mina Alvarrões
11th Jul 2013 22:03 UTCPedro Alves Expert
este tópico vem no sentido de partilhar alguma informação e opinião, apenas, e não como incentivo ou sugestão a quaisquer mudanças (isso será meditado e ditado em função da consciência de cada um).
Relativamente às turmalinas da mina Alvarrões, o que se sabe é que se trata de espécies litiníferas e em alguns casos foi possível identificar a fase liddicoatite. Isto não invalida a possibilidade da elbaite, mas desconheço que tal tenha sido verificado.
Dada a dificuldade em definir espécies dentro do grupo das turmalinas e a impossibilidade de as reconhecer visualmente, optou-se por usar o termo que corresponde a uma variedade transversal às duas (elbaite e liddicoatite) - a rubellite.
Se alguém tiver mais informações sobre o assunto seria muito útil que as partilhasse.
Cordialmente,
Pedro
11th Jul 2013 23:04 UTCJorge Santos Garcia
Penso que devem ser identificadas pelo grupo e não pela variedade, que não tem nada de cientifíca. Como pessoalmente não identifico nenhum mineral pela variedade quando catalogo os meus exemplares, para mim não existem rubelites, selenites, ametistas e quejandos. Além disso nem sei se lhes chamaria rubelites, que significa terem uma cor vermelho forte, como o corindo 'rubi' encarnado escuro. Estas turmalinas são apenas cor de rosa, bonito é certo, mas cor de rosa.
Cumprimentos
Jorge Santos Garcia
11th Jul 2013 23:44 UTCPedro Alves Expert
tem razão quando sugere o uso do grupo no lugar da variedade, isso atendendo a questões de valor científico. No entanto não creio que seja errado de todo empregar o termo que refere a variedade, pois o MINDAT está preparado para essas situações e não deixa de ter o seu interesse.
Mas sim, em questão de rigor o uso do grupo é mais adequado.
Relativamente à cor das turmalinas em causa, certo que há as de um rosa pálido a mais acentuado, mas outras exibem um tom carmim perfeitamente compatível com aquilo que se pode esperar para a variedade em causa. Afinal, não se tratando de algo científico e rigoroso, o aspecto cromático não deve ser levada tão a sério.
A questão que tinha levantado não ia no sentido de que o termo rubelite era o mais adequado, mas sim não errado. Certo que por ser vago. Não se sabendo mais sobre a espécie em questão seria, na minha opinião, uma forma aceitável de colocar as fotos. Talvez não a melhor.
Cordialmente,
Pedro
P.S. Gostava apenas de acrescentar que tal como está na localidade acima citada as turmalinas, mesmo na forma de variedade, estão automaticamente indexadas ao grupo da turmalina. Assim, não se comete nenhum erro e apenas se evoca a particularidade da cor.
12th Jul 2013 00:00 UTCPedro Alves Expert
espero que não entenda isto como uma provocação ou como uma tentativa de o contrariar. Apenas creio que não estava a sugerir algo de tão errado.
A título que curiosidade consultei a página da rubellite bem como a galeria de imagens da mesma.
Relativamente às fotos:
http://www.mindat.org/gallery.php?min=3472
logo na primeira página podemos observar amostras com uma coloração muito semelhante às nossas. Algumas dessas fotos foram colocadas por comerciantes reconhecidos.
Quanto à descrição gostava de deixar um excerto: «A red gemmy Li-rich and more or less (Fe+Mg)-free variety of Tourmaline (primarily Elbaite, but may also be Olenite or Liddicoatite).»
Apenas por estas razões optei, pessoalmente, pela rubellite.
Cordialmente,
Pedro
12th Jul 2013 09:47 UTCJorge Santos Garcia
Estamos apenas conversar, discutir ideias e trocar opiniões. Pessoalmente, como disse, não gosto de usar as denominações de variedades, exatamente porque muitas vezes são denominações comerciais e sabemos que se há gente pouco rigorosa nos nomes a atribuir aos minerais são os comerciantes (há exceções é claro, mas no geral, são muito 'mãos largas' quando se trata de dar nomes ou localizações a uma peça). Mesmo nós, colecionadores caimos nesse erro com demasiada frequência - basta ver a galerias de fotos de gessos do Mindat para ver a quantidade de selenites que não possuem qualquer das caraterísticas associadas a essa variedade - ser incolor, transparente e com um brilho acetinado.
Neste caso concreto há também turmalinas, em agulha, incolores, e por vezes na mesma peça as cores vão desde esse incolor (branco quando em grupo) até ao rosa. Nesse caso não se deveria, de maneira nenhuma, chamar-lhes rubelite, mas apenas turmalina. Portanto teriamos algumas peças cor de rosa chamadas 'Turmalina (variedade rubelite)' e outras, parcialmente cor de rosa chamadas só 'Turmalina'.
Em minha opinião é confuso e não acrescenta nada. Mas é apenas uma opinião.
Abraço
Jorge
12th Jul 2013 10:19 UTCPedro Alves Expert
de facto o uso de termos como variedade de um mineral tem sido explorado da pior forma no comércio de minerais, onde podemos encontrar as coisas mais absurdas. Mas em alguns casos uma variedade pode mesmo ser expressão de particularidades interessantes e importantes, mesmo com valor e rigor científico.
Voltando a este caso particular, é certo que algumas amostras são quase incolores, deixando assim de fazer sentido usar o termo da variedade. Mas o rigor na classificação de amostras é da liberdade de cada um. Repare, por exemplo, que o mesmo acontece com muitas safiras asiáticas, onde algumas são tudo menos azuis...
Penso que o Jorge não estava a sugerir que não se usasse o termo 'rubellite' na localidade tratada quando diz: «Portanto teríamos algumas peças cor de rosa chamadas 'Turmalina (variedade rubelite)' e outras, parcialmente cor de rosa chamadas só 'Turmalina'.
Em minha opinião é confuso e não acrescenta nada...»
Como analogia repare nas amazonites (variedade de microclina que atende à cor) de Pikes Peak, no Colorado, onde vários tons de azul/verde 'coexistem' com exemplares rosa. Portanto existe e refere-se microclina rosa e a variedade verde/azul, a amazonite. Não me parece confuso, nem errado.
De qualquer modo estamos a fugir à razão deste post, onde aquilo que queria partilhar era o facto de não se saber (segundo aquilo que tenho conhecimento) se se trata de uma elbaite ou de uma liddicoatite. Não escrevi para sugerir que se lhes chamasse 'rubellites', embora concorde que não está inadequado e muito menos incorrecto.
Cordialmente,
Pedro
12th Jul 2013 10:22 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins
"Dada a dificuldade em definir espécies dentro do grupo das turmalinas e a impossibilidade de as reconhecer visualmente, optou-se por usar o termo que corresponde a uma variedade transversal às duas (elbaite e liddicoatite) - a rubellite".
Rubellite: A variety of Tourmaline
A red gemmy Li-rich and more or less (Fe+Mg)-free variety of Tourmaline (primarily Elbaite, but may also be Olenite or Liddicoatite).
A cotação da Rubellite varia com a cor e quanto mais vermelha, maior é o valor da mesma e Rubellite como deve ser tem que ser vermelha.
Neste caso as amostras apresentam uma coloração intermédia entre o incolor e o rosa pálido com um brilho acetinado que no meu entender não se enquadra no termo Rubellite. Quimicamente não está analisada mas enquadra-se na série Elbaíte-Liddicoatite e até em contrário são primarily Elbaítes.
A rubellite para mim tem que ter mais cor, sendo que esta mina apresenta alguns individuos em que se pode classificar como rubellite, no entanto o termo rubellite para aqui está um pouco "puxado" e nem de longe tem a caracterização das rubellites de Moçambique ou do Brasil com representações famosas da mina Jonas.
Cumprimentos.
Martins da Pedra
12th Jul 2013 10:32 UTCPedro Alves Expert
sei que há umas quantas análises feitas a turmalinas desta mina, embora não recolhidas nesta fase. Os resultados sugerem uma liddicoatite. Como referi logo no primeiro post, isso não invalida a possibilidade da Elbaite. Só não existem, talvez, análises que o comprovem.
Evoca localidades mundialmente conhecidas para 'desmaiar a cor das nossas turmalinas', sendo assim difícil de 'competir'. Volto a dizer que é certo que algumas tenham pouca cor, mas isso é da responsabilidade de quem a rotula...
Cordialmente,
Pedro
12th Jul 2013 10:52 UTCJorge Santos Garcia
Já agora uma dúvida: Esta mina é mesmo a Mina de Alvarrões (concessão C-8)? Estão seguros quanto a isso?
Abraços
Jorge
12th Jul 2013 11:39 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins
A mina em questão é Alvarrões junto do Seixo Amarelo.
Pedro....rubellites com Na ou Ca é irrelevante, agora para o termo gemológico na acessão da palavra tem que ter as caracteristicas frizadas anteriormente e não como estás a dar a entender com a abertura do post "Dada a dificuldade em definir espécies dentro do grupo das turmalinas e a impossibilidade de as reconhecer visualmente, optou-se por usar o termo que corresponde a uma variedade transversal às duas (elbaite e liddicoatite) - a rubellite".
Por isso e dadas as caracteristicas presentes para alguns exemplares o mais correto é (Elbaíte-Liddicoatite) e quer queiramos ou não a verdade é essa e não lá por ser cor de rosa já é uma rubellite. A rubellite gema tem que ser vermelha seja elbaíte ou liddicoatite.
Martins da Pedra
12th Jul 2013 12:29 UTCPedro Alves Expert
tem toda a razão quando diz que em rigor o mais correcto seria empregar a série e não a variedade. Mas volto a dizer que a referida variedade é dessa mesma série, apenas com a particularidade de ser, eventualmente, uma rubellite. Volto a referir, que cada qual é responsável pela catalogação das suas amostras:
http://www.mindat.org/photo-510736.html
Não concorda que isto seja uma rubellite?
O que não posso garantir ou afirmar é qual dos termos. Mas não vejo erro em dizer que é uma rubellite.
Jorge,
sim trata-se efectivamente da mina Alvarrões.
Se desejar posso enviar um SIG com a localização.
Cordialmente,
Pedro
P.S. a título de reflexão, e para isso serve a discussão, concordo que o uso da serie elbaite-liddicoatite seria uma opção mais diplomática e menos problemática. Portanto mais adequado.
Aquando dos primeiros achados, onde as turmalinas apresentavam uma cor mais intensa, fazia mais sentido o termo rubellite. Enfim, com o aparecimento de exemplares menos vistosos talvez isso não seja tão válido. De qualquer modo isso é uma escolha e opção de cada um, em função daquilo que tiver em mãos.
12th Jul 2013 13:01 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins
Ok...-"com a particularidade de ser, eventualmente, uma rubellite" :-) .Concordo plenamente com o teu ficheiro e com a classificação de Rubellite, pois a apresentação da mesma adequa-se. O resto também estou de acordo com a série enquanto não se souber a classificação quimica.
Saúde.
Martins da Pedra
12th Jul 2013 13:52 UTCPedro Alves Expert
12th Jul 2013 14:26 UTCJorge Santos Garcia
Mas como 8 anos é muito tempo nós, mesmo que pensemos o contrário, esquecemos os detalhes, já não posso garantir nada.
Quando estive à procura das turmalinas há uns meses não vi placa nenhuma e a mina é enorme, com taludes já recuperados, não me pareceu nada a'mina de Alvarrões' onde estive. Mas como disse, não garanto nada e aceito o que dizem.
Jorge
12th Jul 2013 16:04 UTCPedro Alves Expert
tenha em conta que a área de concessão desta mina é de cerca de 458 ha, portanto uma área vasta. Esta mina abrange as freguesias de Gonçalo, Vela e Seixo Amarelo. Dentro dessa área estão duas zonas de desmonte, a maior e situada mais a Norte é aquela onde se encontram as turmalinas coloridas.
Em anexo deixo uma imagem com as zonas de trabalho e os respectivos limites da concessão, tal como estão definidos no alvará publicado em D.R.
Espero ter ajudado,
Pedro
P.S. se alguém estiver interessado posso também enviar ficheiro KML
13th Jul 2013 15:13 UTCAntónio Joaquim Monteiro
A coloração de uma gema determina em princípio a sua classificação e consequentemente o seu valor.
Não vamos pela coloração destas gemas tentar impôr-lhes para classificação de "rubis"rubellites, pois mesmo os próprios rubis na sua coloração têm variantes muito abaixo de algumas destas rubellites.
Ex: no livro das EDIÇÕES da INAPA Diamantes na pág 326 aparece representado um colar que passo a citar (não colocarei foto na totalidade visto que poderá estar sob direitos de autor mas quem o tiver verifique) " ......dois rubis da Birmânia excepcionais que totalizam 37,01 quilates....."
Comparem acoloração.
A.Monteiro
13th Jul 2013 16:22 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins
Rubis são sempre rubis mesmo com uma coloração rosa claro. A cotação do Rubi vermelho sangue é superior a muitos diamantes.
As rubellites como gema são inferiores ao Rubi incluindo a sua cotação. Nas rubellites a sua melhor cotação começa no rosa escuro até ao vermelho (Rubi) e com cores mais suaves a cotação é incluída nas Turmalinas coloridas onde as gemas vão do incolor (Acroíte)-rara, amarelo-castanho a amarelo escuro (Dravite), tadas as tonalidades verdes (Verdelite) e com uma cotação superior à rubellite temos a turmalina azul (Indicolite), a qual também varia a cotação com o azul, depois temos turmalinas cabeça de mouro (incolores com terminação schorlitica) e cabeça de turco (verdes com terminação rubellitica).
As rubellites cá do burgo são mais Alvarronites de dieta :-).
Fica bem.
Martins da Pedra
15th Jul 2013 20:36 UTCLuís Martins 🌟
16th Jul 2013 18:48 UTCAntónio Joaquim Monteiro
Também os há zonados ou sejam bicolores. Eu tenho-os
Para quem não liga a variedades não sei porque é que se deu ao trabalho de responder ao post do quartzo citrino já que é só quartzo.
Agora virem para aqui dizer que não de deve ligar á coloração de uma gema (e principalmente no que toca a estas) é o costume do Português deitar abaixo tudo o que é nosso, ou ter dor de cotovelo, Vejam lá agora as turmalinas (rubellites Portuguesas) só têm classificação de rubellites se forem cor de Rubi escarla-te.
Não estou a perceber porque é que o grandes mineralogistas se deram ao trabalho de classificar as várias especies,
Os rubis segundo o Martins podem ter várias colorações ok e não deixam de ser rubis,
Então estas rubellites também têm várias colorações e não deixam de ser rubellites a diferença está no local onde foram encontradas e por quem:-D:-D
:)-D:)-D
Para a próxima mando-as fazer "azuis" assim poderão ter mais concenso.
Passem bem e tenham mais respeito pelos nossos antepassados se me faço entender
A.Monteiro
17th Jul 2013 00:53 UTCJorge Santos Garcia
Julgo que o seu último post é-me dirigido e não ao Luís Miguel, pois fui eu que coloquei a questão das variedades. Por isso deixe-me esclarecer algumas questões:
- se ler com atenção o que disse, há-de reparar que eu não escrevi 'que não ligo a variedades'. Escrevi que 'não identifico nenhum mineral pela variedade quando catalogo os meus exemplares'. Isto que dizer que não catalogo os meus exemplares pelo nome da variedade mas pelo da espécie. E esta frase está relacionada com a proposta do Pedro de denominar estas turmalinas como rubelite. Passo a citar:"optou-se por usar o termo que corresponde a uma variedade...". Aliás, nem sequer entendo o significado desta frase, parece que há alguém (um grupo de pessoas?) que quer decidir como os outros devem classificar os seus exemplares. Parece-me estranho, mas isto é um aparte, não tem a ver consigo;
- o facto de não catalogar um quartzo como citrino mas sim como quartzo, não significa que não saiba que há denominações para determinadas variedades. Tanto o sei que o referi. E também sei identificá-los e o que significam esses nomes;
- julgo ter entendido que a sua seguinte frase "Não estou a perceber porque é que o grandes mineralogistas se deram ao trabalho de classificar as várias especies" se refere às variedades porque estamos a falar das variedades, apesar de você ter escrito 'espécies'. Se eu estiver certo na minha percepção do que escreveu, então lamento dizer-lhe que está errado. Os mineralogistas, grandes ou pequenos, classificam os minerais pelos nomes aprovados e não por variedades. As variedades são invenções dos vendedores de jóias, criadas para melhor vender um produto. Variedades não são espécies. As variedades não têm qualquer base científica. Os mineralogistas deram-se ao trabalho de classificar as várias espécies exatamente para acabar o erro de cada um dar o nome que entende ao mesmo mineral (mesma fórmula química);
- e o problema das variedades está exatamente nessa questão das cores. Como sabe ninguém vê as cores da mesma maneira e até há quem não veja algumas cores. Por isso classificar com base numa cor é muito subjetivo. Julgo que sabe as confusões que há com classificar um berilo verde transparente como 'esmeralda' (há quem considere que depende do elemento que as colora e que ache que não), de classificar uma espodumena como 'hiddenite' (há quem diga que só são hiddenite as provenientes de Hiddenite, Califórnia, há quem diga que só são hiddenite as coloridas pelo crómio, e há quem diga que todas as verdes são hiddenite) ou como classificar uma turmalina como 'paraíba' (há quem diga que só as que têm cor azul elétrico e são apanhadas em Paraíba e que podem ser 'paraíbas', há quem diga que qualquer uma azul elétrico é uma 'paraíba' e há até quem já chame a qualquer turmalina azul (as anteriormente chamadas 'indigolites') 'paraíba'. Uns para aumentarem o valor da pedras que têm, outros, com acesso à sua origem inicial, para manterem o monopólio - as razões são várias e todas têm uma coisa em comum: não têm nada de científico;
- por fim, vamos ao ponto focal desta minha resposta - cada um de nós é livre de chamar o que quiser aos minerais que tem, esteja certo ou esteja errado. E cada um de nós é livre de ter a sua opinião e defendê-la. Se eu considero que a cor destas turmalinas não é a de uma rubelite, o Monteiro pode fazer 2 coisas - concordar ou não concordar. Não concordando, pode pensar não valer a pena dar-se ao trabalho de discutir o assunto comigo ou discuti-lo para ver se chegamos a uma conclusão. Se chegarmos, muito bem, se não chegarmos muito bem na mesma, eu chamo-lhes turmalinas e o Monteiro chama-lhes rubelites. Cada um na sua. A diferença é que se tivermos opiniões divergentes quanto ao nome de uma espécie, manda-se analisar e uma entidade independente e científica resolve a questão. Nas variedades isso não acontece portanto pode não ser possível chegarmos a uma concordância;
- tudo o resto são fait-divers que não trazem nada de útil a uma discussão que se quer o mais amigável e correta (do ponto de vista do rigor científico) possível.
Só mais uma questão - não entendo porque é que achar que a cor desta turmalinas não é de rubelite é ter dor de cotovelo e é deitar abaixo o que é nosso.
Abraço
Jorge Santos Garcia
17th Jul 2013 01:49 UTCPedro Alves Expert
gostava de perder o meu tempo com algo mais construtivo, mas...
Só para esclarecer:
Eu criei a localidade Alvarrões Mine. Quando digo: «optou-se por usar o termo que corresponde a uma variedade transversal às duas (elbaite e liddicoatite) - a rubellite.» não falo na primeira pessoa do singular para não personalizar a questão, apenas. Optei pela rubellite porque as primeiras turmalinas que 'apareceram' desta localidade apresentavam uma cor compatível com a variedade referida, é um facto. Mais acrescento que a rubellite é uma variedade comum aos termos da serie elbaite-liddicoatite, e as turmalinas em causa pertencem a essa mesma serie, outro facto.
Assim, creio não ter optado por nada de errado nem incorrecto.
Agora respondendo a uma provocação, em momento algum condicionei e decidi por quem quer que fosse. Aliás, se ler as duas primeiras linhas de toda esta discussão: «este tópico vem no sentido de partilhar alguma informação e opinião, apenas, e não como incentivo ou sugestão a quaisquer mudanças (isso será meditado e ditado em função da consciência de cada um). »
Não há fundamento algum para aquilo que o Jorge insinua.
A mineralogia Portuguesa é isto?
Esta pequenez?
Discutir estes assuntos?
Um 'ping-pong' de criticas e provocações?
Devia calar-me. Mas fui habituado a ouvir que 'quem não se sente não é filho de boa gente'
Há dias perdi meia tarde trabalhando para dar uma resposta satisfatória a quem me tinha gratuita e airosamente posto em causa. Não foi tempo perdido porque acabei por encontrar alguma utilidade naquilo que fiz e aqui partilhei parte desse trabalho. Mas para minha surpresa, só recebi de quem me tinha posto em causa desprezo e descrédito. É tão fácil discordar, mas tão difícil admitir o erro e, eventualmente, pedir desculpa a quem se tenha talvez ofendido.
Certamente não sou o único, e há quem se dedique muito mais que eu a este 'projecto'. Certo é que aqueles que menos fazem são os que mais criticam, mas há que viver com isso.
Pedro
17th Jul 2013 18:51 UTCAntónio Joaquim Monteiro
Em primeiro lugar como leu respondi a três dos elementos que aqui postaram as suas opiniões.
Quanto a si em particular devo entender que na sua colecção (não menospresando) estarão representados e etiquetados só os minerais de cor única, pela sua prespectiva os outros da mesma variedade mas de cor diferente não "interessam" diga-me então qual a cor principal que tem a turmalina, o quartzo, a fluorite ou mesmo o diamante como base na sua coleção.
Como em qualquer outra coleção a variedade e o raro é valorizado e colecionável.
Isto, agora para lhe responder quanto á dor de cotovelo, pois não é primeira vez que quando aqui se anunciam novos minerais diferentes pelos mesmos aparece alguém no "corte" simplesmente para chatear ... não conseguem ser humildes, não procure muito, o exemplo dou-lhe já de seguida o caso dos minerais de Monchique
Palmeiras nº2 ainda se recorda .... viu onde quero chegar? pois, pois já estavam todos classificados e reclassificados não havia nada de novo era tudo a mesma treta ao fim e ao cabo até foram levados e apresentados no Congresso Nacional de Mineralogia,
Só quem não quer vêr é que acha que estas turmalinas são tudo menos rubellites mas pronto pode continuar a ter a mesma opinião, lamento por si e pelos outros que compartilham a mesma visâo ....paciência. Não volto a responder sobre este assunto da coloração se alguém quiser posso colocar mais umas fotos.
A.Monteiro
:)-D:)-D
17th Jul 2013 20:37 UTCJorge Santos Garcia
Caro Pedro
Não pode negar que por não ter personalizado a sua decisão de classificação poder dar a entender estar a falar em nome de um grupo de pessoas. Com este seu último post, fico esclarecimento. Foi exatamente para responder ao seu pedido de partilha de opinião que expressei a minha, com a qual o Pedro até concordou, apesar de manter a vontade de chamar a estas turmalinas rubelite. Uma vez que a minha opinião estava dada e não tinha mais a dizer não voltei a intervir na discussão, apesar desta ter continuado com outros intervenientes.
Caro Monteiro
Cada um terá a sua forma de catalogar a sua coleção. Em resposta à sua questão explico-lhe como catalogo os meus exemplares. Uso uma base de dados feita por mim em Acess. Se tenho uma turmalina para catalogar, no campo que identifica o mineral principal da amostra escrevo sempre o nome da espécie (elbaite, liddicoatite, dravite, etc), se o souber com alguma certeza ou então escrevo Turmalina, independentemente da cor/cores da amostra. Só no campo da descrição da amostra é que descrevo a sua forma e cores. Portanto, qualquer turmalina que eu tenha aparece sempre classificada pela espécie ou pelo grupo. O caso do quartzo é semelhante. Qualquer que seja o tipo e cor de quartzo, na campo de identificação da amostra apenas registo Quartzo. Porque estes são os nomes das espécies. No campo das 'outras caraterísticas' posso, mas nem sempre o faço, registar as variedades. Julgo que registá-la num campo generalista mostra o pouco que elas me interessam.
Mas esta forma de catalogar não significa de modo nenhum que não não tenha turmalinas de diversas cores ou quartzos de diversas cores. Tenho-os e gosto de os ter. Também gosto do raro, do colorido e do variado. Mas estão todos catalogados pelo nome científico da sua espécie, e quando não sei a que espécie pertencem com alguma segurança, não entram no catálogo. Ficam registados numa outra base de dados em Excel, até ter alguma certeza da espécie ou grupo a que pertencem.
Relativamente à questão dos minerais de Monchique, está seguramente a confundir-me com outra pessoa. Se bem se recorda comprei-lhe alguns exemplares numa altura em que ainda não se sabia o que eram. Aliás, o Monteiro sabia mas disse-me que não podia ainda divulgar porque iam ser apresentados num congresso e mesmo assim eu comprei-os, às cegas, tendo o Monteiro ficado de mais tarde mos identificar. Se bem se recorda levei às Feiras de Lisboa de 2010 e 2011 (não fui à de 2012) para que me classificasse um cristal de cor esverdeado/acastanhado mas por diversos motivos acabei por não lhe mostrar. Mas pode ter a certeza que ainda lho vou levar.
Para além de lhe ter comprado os minerais às cegas, logo que soube que o congresso já tinha tido lugar, entrei em contato com o Pedro, que na altura eu não conhecia, julgo que foi o Monteiro que me deu o contato, a pedir autorização para publicar o trabalho no site do CPMIN, ao que o Pedro concordou. Por isso se for ao site do nosso clube, e procurar nos post antigos há-de encontrar o pdf desse artigo. Além disso escrevi um pequeno artigo no nosso jornal Pica-Pedra de agosto de 2010 sobre a descoberta de novos minerais na pedreira Palmeiras 2. Não deviam ser estas as recordações a que se refere no seu último post, portanto se quiser ser mais específico agradecia.
Acha que estas são atitudes de quem tem dor de cotovelo ou de quem despreza o trabalho e as descobertas feitas pelos outros? Eu acho que não, por isso não me revejo nestas críticas.
Jorge
25th Jul 2013 15:08 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins
Para que se saiba o nome Rubellite como uma variedade de turmalina colorida é um termo utilizado em gemologia como um fator comercial através da côr. Em mineralogia o mais correto é indicar a espécie a que pertence, contudo pode-se classificar a variedade, mas para isso e como foi frizado anteriormente é necessário verificar de imediato algumas caracteristicas como tamanho, côr, limpidez e acima de tudo e o mais importante verificar in loco se a amostra que temos entre mãos se presta a ser facetada. Através deste juizo de valor então cada um no seu entender pode classificar uma "Rubellite" nestas condições.
Pessoalmente não consigo indicar o nome rubellite por exemplo a uma amostra radiada ou cristais que tenham um rosa bem parecido mas não se coadunam com um trabalho gemológico.
Cumprimentos.
Martins da Pedra
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