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Quadro de mensagens em PortuguêsDravite - Panasqueira

25th Feb 2014 11:06 UTCRui Nunes 🌟 Expert

Alguém tem conhecimento de Dravite na Panasqueira? Sendo a ocorrência desta turmalina bem provável ("Mg" está presente em alguns fosfatos ou carbonatos) não consigo encontrar qualquer referência à mesma.

Obrigado e cumprimentos

Rui

25th Feb 2014 13:58 UTCRicardo Pimentel Expert

Olá Rui,

Não há uma referência, à composição da turmalina, na revista da BOCAMINA especial Panasqueira? Posso ver em casa e depois digo alguma coisa.

Abraço

25th Feb 2014 15:42 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins

Olá Rui

A Dravite na Panasqueira não se pode considerar como quimicamente pura. A Tourmalina desta mina forma séries entre a Schorl e a Dravite, sendo que não tendo membros puros, então a classificação mais apropriada é (Schorl-Dravite).

A ultima revista "The Mineralogical Record" de Janeiro e Fevereiro de 2014 trás um trabalho sobre a Panasqueira onde na página 53 tem uma referencia sobre a Tourmalina, a qual foi estudada cristalográficamente por Gaines e Thadeu (1971). Foi em primeiro lugar identificada como Schorl por Conde (1971), mas análises posteriores vieram a mostrar que a Schorl (negra) e a Dravite (castanha-bronze) estavam ambas presentes sem contudo haver membros puros.

Espero ter ajudado.

Martins

25th Feb 2014 16:31 UTCAlfredo Petrov Manager

Turmalinas puras não existem neste planeta em tudo. Cada turmalina está em algum lugar entre uma série de 3 ou mais membros. A dominante decide o nome.

25th Feb 2014 16:42 UTCRui Nunes 🌟 Expert

Olá Ricardo, muito obrigado!

Olá Martins, igualmente muito obrigado pela informação.

A química do grupo das turmalinas é deveras complexa nomeadamente a da série que referes.

Não assino a MR mas foi-me oferecido um exemplar que ainda não me chegou às mãos. Fico ainda mais curioso.

Parece que uns colecionadores estrangeiros efectuaram umas análises há uns anos e também aguardo esses resultados.

Por enquanto penso que apenas turmalina (grupo) é a forma mais segura deste mineral figurar na lista da página da Panasqueira.

Abraço a ambos

Rui

EDIT: entretanto, enquanto vos respondia, entrou o post do Alfredo como que a colocar a cereja em cima do bolo :)-D Por esta ordem de ideias todas as turmalinas deveriam se carregadas com a sua série e não com o nome próprio, o que me parece algo redutor.

EDIT1: Mais alguma série provável nestas minas para além da dravite-schorl?

26th Feb 2014 18:57 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins

Olá Rui.

Atenção que o grupo das Tourmalinas abrange vários metais. Figurar só Tourmalina na listagem da Panasqueira quanto a mim não chega. Pode-se acrescentar claramente á listagem a Dravite-Schorl Series que é a que está representada na Mina da Panasqueira.

Martins da Pedra

26th Feb 2014 19:34 UTCRicardo Pimentel Expert

Boa noite Rui,

Acabei de dar uma leitura na Bocamina e não vi quaisquer referências a análises à turmalina. O artigo refere-se à turmalina como schorlite. Já a Le Règne Mineral apela a um artigo de geoquímica, encabeçado pela Professora Margarida Neiva, a propósito das turmalinas dos granitos hercínicos associados a depósitos de estanho, tungsténio e ouro. Com base nesse artigo, que não li, fala em schorlite e foitite nos filões de quarto e dravites em turmalinitos e xistos. Fala também em cristais zonados com núcleos de dravite e parte mais externa de schorlite. Só lendo para confirmar se todos estes casos correspondem a turmalinas recolhidas na Panasqueira.

Abraço

PS. Já li o resumo. Confirma-se o conteúdo da revista.

ref Neiva, A.M.R., Silva, M.M.V.G. & Gomes, M.E.P. (2001). Geochemistry of tourmaline from Hercynian granites, associated tin, tungsten and gold deposits and adjacent metamorphic and metasomatic rocks from northern Portugal. Eleventh Annual V.M. Goldschmidt Conference, Hot Springs, U.S.A.:123.

26th Feb 2014 22:10 UTCRui Nunes 🌟 Expert

Boa noite e uma vez mais obrigado,

Para acrescentar “Dravite-Schorl Series” à lista de minerais da Panasqueira qual a referência científica de suporte?

Nesta oportunidade, uma pequena nota: para além de estarmos a falar da jóia da coroa das localizações mineralógicas de Portugal (e mundialmente famosa pelos seus superlativos exemplares) temos que ser cada vez mais rigorosos na informação que colocamos no Mindat. Esta base de dados está a tornar-se num sítio de pesquisa para muitos. É importante que os conhecimentos e informação que disponibilizamos mereçam o crédito de quem neles se suporta. Assim todos ganhamos; nós mineralogistas que nos empenhamos nos estudos, prospeção de minerais e na divulgação dos nossos achados e conclusões e, também, a mineralogia portuguesa com uma boa fonte de informação.

O que está para trás ir-se-á naturalmente corrigindo. Contudo, gostaria que nos comprometessemos cada vez mais com a fiabilidade da informação que colocamos à disposição de todos.

Cordiais cumprimentos

Rui Nunes

27th Feb 2014 09:12 UTCRicardo Pimentel Expert

Bom dia Rui,

No que concerne à referência que coloquei podes consultar o resumo online. Trata-se de um trabalho de geoquímica e por isso bem creditado.

Um abraço

27th Feb 2014 10:43 UTCAntónio Manuel Ináçio Martins

Olá Bom dia.

Em referencia ao assunto da Dravite-Schorl Series, pode-se para já fazer a referencia em relação ao artigo da MR.

Trás a descrição de quem fez e o quê!!!.

Posso acrescentar que este artigo foi orientado pelos espanhóis Carlos Curto Milá e Jordi Fabre, os quais se basearam em alguns estudos entre os quais também o que o Ricardo acima mencionou. Um dos vários estudos referenciados na revista que abrange este tópico é o seguinte:

Geochemistry of the Panasqueira tungsten-tin deposit, Portugal - Bussink,R.W. (1984)

De qualquer modo este assunto é interessante e pela abordagem de alguns dos estudos referenciados na revista e disponíveis online, a referencia é sempre Schorl-Dravite e pelos vistos é a única série com representação até ao momento da mina da Panasqueira.

Cumprimentos.

27th Feb 2014 11:25 UTCRui Nunes 🌟 Expert

Bom dia,

Já adicionei esta série à lista da Panasqueira com as necessárias referências.

Confirmei junto de Jordi Fabre as análises efectuadas.

Abraço

Rui

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